DA MESMA FORMA QUE A PROTEÍNA DE OUTROS HORMÔNIOS, O GH AGE POR MEIO DA INTERAÇÃO COM UM RECEPTOR ESPECÍFICO ENCONTRADO NA SUPERFÍCIE DAS CÉLULAS. O GANHO DE ALTURA CONSEGUIDO DURANTE A INFÂNCIA É O MELHOR EFEITO CONHECIDO DA AÇÃO DO GH E PARECE SER ESTIMULADO POR NO MÍNIMO DOIS MECANISMOS: 1. O GH ESTIMULA DIRETAMENTE NA DIVISÃO E MULTIPLICAÇÃO DOS CONDRÓCITOS DA CARTILAGEM. ESTAS SÃO AS CÉLULAS PRIMÁRIAS ENCONTRADAS NAS EXTREMIDADES DOS OSSOS LONGOS DAS CRIANÇAS (BRAÇOS, PERNAS, DEDOS). 2. O GH TAMBÉM ESTIMULA A PRODUÇÃO DO FATOR DO CRESCIMENTO DO TIPO INSULINA 1 (IGF-1 EM INGLÊS, ANTIGAMENTE CONHECIDO COMO SOMATOMEDINA C), UM HORMÔNIO HOMÓLOGO À PROINSULINA. O FÍGADO É O ALVO PRINCIPAL DO GH NESTE PROCESSO E É O PRINCIPAL LOCAL DE PRODUÇÃO DE IGF-1.
Os efeitos do hormônio do crescimento nos tecidos do organismo podem ser geralmente descritos como anabólicos (efeito construtivo). Da mesma forma que a proteína de outros hormônios, o GH age por meio da interação com um receptor específico encontrado na superfície das células. O ganho de altura conseguido durante a infância é o melhor efeito conhecido da ação do GH e parece ser estimulado por no mínimo dois mecanismos:
1. O GH estimula diretamente na divisão e multiplicação dos condrócitos da cartilagem. Estas são as células primárias encontradas nas extremidades dos ossos longos das crianças (braços, pernas, dedos).
1. O GH estimula diretamente na divisão e multiplicação dos condrócitos da cartilagem. Estas são as células primárias encontradas nas extremidades dos ossos longos das crianças (braços, pernas, dedos).
2. O GH também estimula a produção do Fator do Crescimento do Tipo Insulina 1 (IGF-1 em inglês, antigamente conhecido como somatomedina C), um hormônio homólogo à proinsulina. O fígado é o alvo principal do GH neste processo e é o principal local de produção de IGF-1. O IGF-1 estimula o crescimento em inúmeros tecidos, e é gerado nesses tecidos-alvo, o que faz dele tanto um hormônio endócrino quanto um hormônio autócrina/parácrino. Embora o ganho de altura seja o melhor efeito conhecido do GH, o hormônio também assiste muitas outras funções metabólicas. O GH aumenta a retenção de cálcio e aumenta a mineralização dos ossos; aumenta a massa muscular; induz a síntese de proteínas e o crescimento de vários órgãos do corpo.
O hormônio também estimula o sistema imunológico e tem um papel na homeostase de energia do organismo: ele reduz o consumo de glicose por parte do fígado, que é um efeito oposto ao da insulina. Também contribui para a manutenção e funcionamento das ilhotas pancreáticas; tende a promover lipólise, que resulta em alguma redução do tecido adiposo(gordura corporal) e no aumento de ácidos graxos livres e glicerol na corrente sanguínea. Ele também promove a queima de gordura diminuindo ao peso, o sobrepeso, obesidade, obesidade visceral, intra - abdominal ou central, ao mover gordura armazenada para a corrente sanguínea para ser utilizada como energia. Por conta desse efeito mobilizador de gordura, o GH reduz a quantidade de glicose e proteínas usada como combustível. Então, altos níveis de GH protegem a perda de massa magra e resultam em alguma redução do tecido adiposo. A estatura final, no entanto, não é regida exclusiva e simplesmente pela quantidade de GH à qual é submetido o indivíduo.
Trata-se de uma conjunção de fatores que inclui outros hormônios mas mais fundamentalmente qual é a resposta que cada tecido pode dar a uma oferta maior de GH; em outras palavras, depende da programação genética do indivíduo. Se os níveis séricos de GH de um determinado indivíduo ainda em fase de crescimento são normais, somente haverá alteração significativa de estatura se este indivíduo receber cargas consideravelmente acima de seu nível padrão (que é normal, por hipótese). Entretanto, sob cargas sensivelmente acima do normal, os diversos tecidos respondem de maneiras diferentes (respostas descompassadas, desequilibradas, desproporcionais) e problemas podem surgir embora de uma raridade desprezível que em números absolutos pode chegar a 1 milhão para/1.
Dr. João Santos Caio Jr.
Endocrinologia – Neuroendocrinologia
CRM 20611
Dra. Henriqueta V. Caio
Endocrinologia – Medicina Interna
CRM 28930
Como Saber Mais:
1.É importante a avaliação precoce da deficiência de hormônio de crescimento?
http://crescimentojuvenil.blogspot.com
2.A deficiência do hormônio de crescimento é caracterizada por uma série de anormalidades antropométricas (medidas do corpo), clínicas, bioquímicas e metabólicas?
http://crescersim.blogspot.com
3.Quais variáveis correlacionam-se negativamente com a altura final de pacientes com a deficiência do hormônio de crescimento (DGH) tratados com HGH?
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Referências Bibliográficas:
GH Research Society, Saggese G, Ranke MB, Saenger P, Rosenfeld RG, Tanaka T, Chaussain JL, et al. Ranke MB, Lindberg A, Chatelain P, Wilton P, Cutfield W, Albertsson-Wikland K, et al. Carel JC, Ecosse E, Nicolino M, Tauber M, Leger J, Cabrol S, et al. Sociedade Brasileira de Pediatria e Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia.
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