OBESIDADE INFANTIL DEVE SER TRATADA

CRESCIMENTO QUERO CRESCER

19 de setembro de 2011

ENDOCRINOLOGIA – NEUROENDOCRINOLOGIA: ESTATURA RELEVANTE;

AO AVALIARMOS OS PROBLEMAS BIOPSICOSSOCIAIS E PSICOSSOCIAIS COLOCANDO EM FOCO O TRATAMENTO DE PACIENTES COM DEFICIÊNCIA DE CRESCIMENTO ESTATURAL.

DEVEMOS PROJETAR OS MALEFÍCIOS PSICOSSOCIAIS QUE OCORRERAM DURANTE UMA VIDA INTEIRA, EM CADA FASE COM CARACTERÍSTICAS INDIVIDUAIS E PERSONALIZADAS, COMPROMETENDO A FELICIDADE DO PACIENTE, SEUS TRAUMAS, SEUS ESTIGMAS, SUA AUTO-VALORIZAÇÃO E DIVERSOS OUTROS PROBLEMAS SECUNDÁRIOS, QUE PARA ALGUNS NÃO TEM IMPORTÂNCIA, MAS PARA UMA OUTRA GRANDE PARCELA É DE EXTREMA DEPRESSÃO E RELEVÂNCIA.

Ao colocarmos na berlinda e problematizarmos os aspectos psicossociais do tratamento de reposição do hormônio do crescimento (HGH) de forma a avaliar a extensão de sua validade, para evitarmos baixa estatura relevante, devemos considerar um universo extenso de complicações secundárias subjetivas e objetivas, que campearam o cérebro, a cognição dos humanos afetados por este tipo de agravo. Se fizermos um paralelo pró-ativo entre a facilidade atual de aquisição desse tratamento e a sua necessidade, observaremos que essa última está diretamente envolvida com a existência de um padrão socialmente valorizado e discriminante quanto ao fenótipo da pessoa, mesmo quando os pacientes são saudáveis e apresentam estatura relevante. Jamais devemos nos esquecer a importância fenotípica, pois o fenótipo são as características observáveis em um organismo como, por exemplo: morfologia, desenvolvimento, propriedades bioquímicas ou fisiológicas e comportamento.
O fenótipo resulta da expressão dos genes do organismo, da influência de fatores ambientais e da possível interação entre os dois. Pessoas de estatura abaixo da considerada ideal, mesmo sem nenhuma deficiência, buscam tratamento com hormônio de crescimento HGH ou somatotrofina, as pesquisas científicas e mesmo as pesquisas prospectivas sugerem que é absolutamente correto efetuar-se o tratamento em pessoas em fase de crescimento mesmo que normais, pois esta terapêutica de forma adequada e com os riscos de efeitos colaterais praticamente desprezíveis, só vieram a ocorrer a partir do final da década de 80 do século XX, após o advento da engenharia genética pela introdução do DNA – Recombinante, onde o fator de reconhecimento do doador humano de mix (mistura) de hipófises diversas foram banidos da terapêutica que até então era preconizada, mas causava a formação de príons e por conseguinte a doença de Creutzfeldt-Jakob (DCJ), que impediam o tratamento. O fato é que a não tomada de atitude de pais e responsáveis em fase adequada de possível tratamento, levará as pessoas desde a idade infantil até a idade adulta, a terem medo de sofrerem algum estigma. Com isso, há uma maior incidência de expectativa e frustração dos indivíduos em relação à sua própria altura e ao tratamento, o qual nem sempre resulta na expectativa pretendida, mas dá ao paciente a esperança de aumentar sua estatura relevante e assim projetar uma auto-estima que em qualquer outra situação não ocorreria com uma melhor qualidade de vida psicossocial relevante.


Dr João Santos Caio Jr
Endocrinologista -Neuroendocrinologia
CRM:20611

Dra Henriqueta Verlangieri Caio
Endocrinologista -Medicina Interna
CRM:28930

Como Saber Mais: 1. O HGH- Hormônio de crescimento regula o desenvolvimento orgânico e o crescimento estatural do ser humano, desde a fase intra-útero?
http://crescercriancasjuvenil.blogspot.com

2. O hipotálamo liga o sistema nervoso ao sistema endócrino sintetizando a secreção de neuro hormônios (também chamados de "liberadores de hormônios")?
http://crescermais2.blogspot.com

3. O estrógeno irregular durante o desenvolvimento infanto juvenil agrava metabolicamente o HGH-Hormônio de crescimento?
http://metabolismocontrolado.blogspot.com

AUTORIZADO O USO DOS DIREITOS AUTORAIS COM CITAÇÃO
DOS AUTORES PROSPECTIVOS ET REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA.

 

Referências Bibliográficas:
Lamberts SW, Herder WW, van der Lely AJ. Pituitary insufficiency. Lancet. 1998;352:127-34, Van Aken MO, Lamberts SW. Diagnosis and treatment of hypopituitarism: an update, Pituitary. 2005;8(3-4):183-91, Abboud CF. Laboratory diagnosis of hypopituitarism. Mayo Clin Proc. 1986;61:35-48, Bates AS, Van't Hoff W, Jones PJ, Clayton RN. The effect of hypopituitarism on life expectancy. J Clin Endocrinol Metab. 1996;81(3):1169-72, Ascoli P, Cavagnini F. Hypopituitarism. Pituitary. 2006;9(4): 335-42, Yen SS, Martin PL, Burnier AM, Czekala NM, Greaney MO Jr., Callantine MR. Circulating estradiol, estrone and gonadotropin levels following the administration of orally active 17beta-estradiol in postmenopausal women. J Clin Endocrinol Metab. 1975;40(3):518-21, Stevenson JC, Crook D, Godsland IF. Influence of age and menopause on serum lipids and lipoproteins in healthy women. Atherosclerosis. 1993;98(1):83-90, Walsh BW, Schiff I, Rosner B, Greenberg L, Ravnikar V, Sacks FM. Effects of postmenopausal estrogen replacement on the concentrations and metabolism of plasma lipoproteins. N Engl J Med. 1991;325(17):1196-204, The lipid research clinics coronary primary prevention trial results. II. The relationship of reduction in incidence of coronary heart disease to cholesterol lowering. JAMA. 1984;251(3): 365-74, Kannel WB. High-density lipoproteins: epidemiologic profile and risks of coronary artery disease. Am J Cardiol. 1983; 52(4):B9-12.

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